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PAPA FRANCISCO
MEDITAÇÕES MATUTINAS NA SANTA MISSA CELEBRADA
NA CAPELA DA DOMUS SANCTAE MARTHAE
Publicado no L'Osservatore Romano, ed. em português, n. 16 de 17 de Abril de 2014
«O demónio existe também no século XXI e nós devemos aprender do Evangelho como lutar» contra ele para não cair na armadilha. Mas não devemos ser «ingénuos». Portanto, é necessário conhecer as suas estratégias para as tentações que têm sempre «três características»: começam devagar, depois aumentam por contágio e, por fim, encontram o modo para se justificarem. O Papa Francisco admoestou que não devemos pensar que falar do demónio hoje é algo «antigo» e precisamente sobre esta questão focalizou a sua meditação.
O Pontífice falou explicitamente de «luta». Aliás, explicou, também «a vida de Jesus foi uma luta: ele veio para vencer o mal, para vencer o príncipe deste mundo, para vencer o demónio». Assim «também nós cristãos, que queremos seguir Jesus, e que por meio do baptismo estamos precisamente no caminho de Jesus, devemos conhecer bem esta verdade: também nós somos tentados, somos objecto do ataque do demónio». Mas, perguntou-se o Papa, «como faz o espírito do mal para nos afastar do caminho de Jesus com a sua tentação?». A resposta a esta interrogação é decisiva. «A tentação do demónio — explicou o Pontífice — tem três características e devemos conhecê-las para não cair nas armadilhas». Em primeiro lugar, «a tentação começa levemente mas cresce sempre». Depois «contagia outro»: «transmite-se para outro, procura ser comunitária». E, por fim, para tranquilizar a alma, justifica-se». Portanto, as características da tentação exprimem-se com três palavras: «cresce, contagia e justifica-se». Mas se «a tentação for rejeitada», depois «cresce e torna-se mais forte». Jesus, explica o Papa, adverte sobre isto no Evangelho de Lucas. Também nós, admoestou o Pontífice, «quando somos tentados, percorremos este caminho». É suficiente pensar nos mexericos: se temos «um pouco de inveja de uma pessoa qualquer», não a conservamos para nós mas acabamos por compartilhá-la, falando mal dela. «Todos somos tentados — afirmou o Pontífice — porque a lei da nossa vida espiritual, da nossa vida cristã, é uma luta».
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